Muitas vezes temos riquezas a que não damos valor, não porque não o queiramos, pelo contrário queremo-las muito, mas porque nos habituámos a vê-las ali todos os dias, mas muitas vezes sem «olhos de ver». Será provavelmente a maior beleza da vila de Odemira, de Vila Nova de Milfontes e quem sabe do nosso concelho? Quem não se orgulhava de dizer "o Rio Mira é o menos poluído da Europa?" Todos conhecemos as suas virtudes, de maternidade a recurso hídrico; de beleza natural a via de comunicação; de porto de abrigo a recurso turístico. Mas hoje, infelizmente começamos a detectar-lhe imensos problemas que relacionamos com o seu assoreamento. Este dificulta a renovação das águas (com maior intensidade à medida que nos afastamos da sua foz), reduz a subida de algumas espécies, provoca a inexistência de caudal em inúmeros locais na maré baixa, tem impacto na alteração de correntes, impede a navegação, retira areia às praias na sua foz, entre muitos outros impactos... Por o admirarmos, nos orgulharmos e dele querermos usufruir, defendemos intransigentemente a sua defesa, protecção e preservação. Mas será que a preservação é não mexer, não intervir? Entendemos que não, pelo que gostaríamos de solicitar que nos informassem se são conhecedores desta situação, se existem estudos sobre a matéria, quais as medidas que contam tomar e com que brevidade? A enviar a:
- ICNB; - Instituto da Água; - CCDR Alentejo; - ARH Alentejo. Moção apresentada pelo grupo PS, e aprovada por unanimidade, na sessão de 19 de Dezembro de 2008 da Assembleia Municipal de Odemira.
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