Ricardo Cardoso é o Presidente da Concelhia de Odemira do Partido Socialista. Em entrevista ao Costa a Costa respondeu a algumas perguntas sobre o período eleitoral que se aproxima. Já existe da parte do PS um candidato definido para a CMO?
As premissas da candidatura estão definidas, o perfil está delineado e o candidato já foi contactado. Mas ainda não chegou a hora para falar "desregradamente" sobre o assunto. E nas freguesias os candidatos estão definidos?
Julgo que de momento o que lhe posso dizer é que grande parte desses candidatos estão internamente definidos, no entanto não faz sentido de momento estar a falar disso sem ser do domínio publico qual o nosso candidato à Câmara de Odemira. Internamente, no Partido Socialista, a curto prazo vão haver eleições para a Federação do Baixo Alentejo. O que espera desse acto eleitoral?
Repare, Odemira tem ao nível regional um peso que eu espero seja reflectido em todos os sectores. Claro que nesses também está patente, e eu diria que de forma muito vincada, a Federação do Baixo Alentejo. Assim o que eu espero é que a candidatura já gerada me mostre o que pretende de Odemira, o que pensa sobre o nosso papel no distrito e se as reivindicações, que são hoje defendidas de forma abrangente por vários sectores da sociedade Odemirense, são ou não entendidos como uma prioridade e deixam de ser pretensões Odemirenses para passar a ser claramente activos Baixo Alentejanos. Segundo entendi não é um dado adquirido o apoia à recandidatura do actual presidente Luís Ameixa?
O que posso adiantar é que ao longo dos últimos três anos, ou seja no espaço de tempo em que eu sou presidente da concelhia, sempre existiram boas relações com a actual federação e em particular com o Luís Ameixa. Mas... posso afirmar que na minha "perspectiva de Odemira" nada de substancial foi alterado, pelo que ou se percorre esse caminho ou teremos de potenciar opções alternativas. Quais são essas reivindicações de Odemira?
Mais do que reivindicações são eixos prioritários de desenvolvimento! A nossa maior dificuldade é que pela nossa localização geográfica periférica e dimensão do nosso território, essas potências só tem impacto efectivo em Odemira, o que nos tira peso num contexto de 14 concelhos. Mas convém não esquecer que vários desses concelhos são mais pequeno e tem menos habitantes que algumas das nossas freguesias e que Odemira representa 20%, ou seja a quinta parte, de todo o Baixo Alentejo, quer ao nível de área quer de população. Mas respondendo em concreto à pergunta penso que existem três eixos prioritários de actuação: as acessibilidades, com prioridade para o IC4 e a ligação deste ao IP2 em Ourique; a saúde com o aumento dos meios e efectivos, ou seja o reforço da urgência com a ligação aos hospitais em menos de 1 hora e a vinda de novos médicos; e depois as questões ligadas ao ordenamento costeiro e actividades de mar, que são um exclusivo de Odemira, pois no Baixo Alentejo só nós temos costa e mar. |