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2008-07-11
Entrevista a António Camilo



"Odemira não pode ser o ‘patinho-feio' sem um IP"

 

 

Falemos agora da rede viária do maior concelho do país. O quadro é satisfatório?


A rede municipal, no final deste mandato, apesar de ser extensíssima, é um das melhores que o Alentejo tem porque temos gasto milhões nesse sector. Neste momento, temos em execução à volta de sete milhões de euros e há mais três ou quatro estradas para fazer.

 

Mas as vias nacionais estão más?


Acho que as direcções de estradas fazem o que podem e a de Beja também. Mas, se calhar, na divisão do "bolo" da [empresa] Estradas de Portugal, o distrito de Beja é constantemente prejudicado. Ou porque o dinheiro não vem, ou não há projectos, ou porque a capacidade reivindicativa não é tão forte. Há aqui qualquer coisa que eu não entendo. Temos as direcções de estradas de Setúbal, Évora e Algarve, e as estradas boas acabam quando se chega a Odemira. Isto não pode ser! Isto não é a quinta de cada um! Uma estrada que vem de Évora para cá não pode chegar ao distrito de Beja e, só porque mudou de distrito, passou a ter mau piso. Eu faço normalmente o caminho de Évora para Odemira por Viana do Alentejo e Alvito. E quando entro no distrito de Beja, ai Jesus! Ando todo desconjuntado porque acabou-se o tapete. As estradas de Beja estão muito piores do que as outras.

 

No caso de Odemira, os acessos do interior para o litoral são maus e a EN 120, de Milfontes até Lagos, também não é grande coisa.


Não fui eu que disse que o Litoral Alentejano é um território de excelência. E não há territórios de excelência sem boas acessibilidades, não é? Nós em três governos temos, finalmente, uma boa estrada entre a nacional 120, a partir de Milfontes, por Cercal do Alentejo em direcção a Alvalade-Sado. Agora, há quantos anos que vocês ouvem falar do IC4? E nós já defendemos que o façam por cima da EN 120. Por outro lado, temos falta de 30 quilómetros de estrada como "de pão para a boca", que é uma via com perfil de itinerário principal (IP) ou complementar entre Ourique e Odemira. Isto por razões associadas ao aeroporto, a Espanha e tudo mais. Esta obra faz falta e Odemira não pode ser o "patinho feio" que não está servido por um IP.

 

[Este é um pequeno excerto de uma entrevista publicada no caderno "Odemira" (ver aqui), suplemento que faz parte integrante da edição n.º 117 do jornal "Correio Alentejo"]

 
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